O FUSE VALLEY será um vale tecnológico com a ambição de promover o encontro entre empresas, cultura, arte e comunidade. O empreendimento será implantado numa área de 155.820 m2, dos quais 55% dedicados a espaços verdes, e será dotado de espaços comerciais, de serviços, uma unidade hoteleira e edifícios de escritórios. A FARFETCH, plataforma tecnológica líder mundial em moda de luxo, é promotora do empreendimento e irá instalar em 12 edifícios os seus novos escritórios.

 

 

A QUADRANTE foi selecionada para desenvolver os projetos de Engenharia e consultoria ao nível da sustentabilidade dos novos escritórios da FARFETCH, abrangendo as fases de Estudo Prévio, Licenciamento, Projeto de Execução e Assistência Técnica em obra. Os serviços incluíram os projetos de estruturas, escavações e contenção, hidráulica predial, instalações elétricas, telecomunicações, segurança, GTC, instalações mecânicas e ventilação, projetos de gás, elevadores, acústica, térmica, e resíduos sólidos urbanos.

 

Em colaboração com o Bjarke Ingels Group (BIG), desde fases iniciais de projeto, procurou-se garantir a coexistência virtuosa da solução arquitetónica e elevados níveis de desempenho ambiental e eficiência opera­cional. O objetivo: desenvolver Edifícios Energia Zero (ZEB), certificações LEED Platinum e WELL Platinum.

 

Este projeto permite demonstrar que é possível, através da construção, melhorar a vida da comunidade, recorrendo a soluções tecnologicamente avançadas e ambientalmente eficientes. 

Nuno Costa, CEO e Sócio Fundador da QUADRANTE

 

Fuse Valley, um Farol para a Sustentabilidade 

Projetado como um “oásis sustentável”, este novo “smart valley” pretende ser um ecossistema gerador de impactes ambientais positivos e com elevados padrões de desempenho energético, permitindo reduzir o consumo de energia em cerca de 60%.

O vale tecnológico é também promotor de bem-estar não só para as pessoas que irão trabalhar nos escritórios, mas também para a comunidade, que poderá usufruir das suas praças, jardins e serviços.

 

 

O projeto assenta em 5 pilares: saúde e bem-estar, biodiversidade e paisagem, desempenho ao nível da energia e água, economia circular, conectividade e mobilidade. Entre as medidas adotadas destacam-se:

• Uso extensivo de plantas nativas em coberturas verdes e zonas ajardinadas, combinadas com um sistema de recuperação de águas pluviais, que irá garantir a biodiversidade, controlar as escorrências locais e reduzir o efeito de ilha de calor;
• Utilização de menos 75% de água potável do que um edifício padrão, recorrendo a água recuperada (águas pluviais e cinzentas) que irá permitir alimentar 50% das necessida­des sanitárias e de irrigação;
• Controle otimizado da iluminação, para alcançar níveis de elevado conforto, com densidades de potência muito baixas;
• Iluminação natural com a proteção contra ganhos solares excessivos subsidiando baixas necessidades energéticas dos sistemas de AVAC;
• Sistema de ventilação superdi­mencionado, para melhorar a qualidade do ar, permitindo o arrefecimento e minimização das necessidades energéti­cas dos ventiladores do sistema;
• Integração elevada de fontes de energia renováveis no local, através da utilização de painéis fotovoltaicos.

 

A Tecnologia ao Serviço da Construção

Um dos grandes objetivos do Fuse Valley era a construção de um edifício mais inteligente, com elevados níveis desempenho ambiental e eficiência operacional. No contexto de uma equipa internacional e de uma Arquitetura inovadora, a utilização de técnicas e ferramentas digitais mais avançadas foi essencial para o desenho das soluções de Engenharia e de Sustentabilidade.

Os modelos BIM facilitaram uma coordenação mais eficiente do projeto, bem como uma comunicação fluida entre todos os intervenientes desde as fases iniciais. A troca de informação foi assegurada através de um CDE - Commom Data Environment em cloud, permitindo sinergias entre todas as especialidades de Engenharia, técnicos da área do Ambiente e Sustentabilidade, a Arquitetura e o cliente.

 

 

A análise das diversas soluções foi feita através de simulações, das quais destacamos o 6D BIM, que permitiram às nossas equipas estudar o comportamento sustentável dos edifícios face às diversas variáveis. Os estudos incluíram, Estudo de energia, Análise de luminosidade e sombreamento, Simulação de cenários para o Projeto de Térmica, Reutilização hídrica, Pegada carbónica e circularidade na construção (reutilização de resíduos de obra), Simulações de tráfego e acessibilidade.

As simulações foram relevantes para a concretização do estudo de impacte ambiental e para entregar ao cliente as soluções de Engenharia consideradas mais otimizadas, eficientes e sustentáveis. Um vale tecnológico inovador, projetado para o futuro.

 

Fonte das imagens: Bjarke Ingels Group