23 nov'20
Com uma grande importância para a região, a obra nasce da necessidade de dotar o Estádio existente das infraestruturas necessárias para acolher a competição da Copa das Nações Africanas (CAN 2023), cumprindo todos os requisitos e necessidades funcionais definidas pela CAF e FIFA. Para além do aumento da capacidade do Estádio da Paz, de 25 para 40 mil lugares sentados, o projeto inclui 32 moradias e a reabilitação de 12 campos de treino dotadas de áreas de jogo e equipamentos de apoio como balneários. Foram desenvolvidos todos os projetos desde o desenvolvimento do conceito de Arquitetura ao Projeto de Execução, estando em curso o acompanhamento e assistência técnica de obra.
O projeto de ARQUITETURA procura imprimir funcionalidade, economia de recursos e facilidade de construção, considerando as condicionantes de se localizar uma área com escassez de matérias primas. O conceito da fachada surgiu do conhecimento da cultura local e da vontade de criar um novo landmark que, inspirado nos ritmos e padrões da arquitetura vernácula, oferecendo a visão de um edifício moderno, mas alinhado com as tradições locais. Através de um sistema de fachada em telas micro-perfuradas, o projeto de ARQUITETURA garante que as necessidades de sombreamento e ventilação natural associadas à sustentabilidade passiva do edifício são garantidas.
O Estádio de Bouaké é por isso um exemplo de sucesso de sinergias criadas entre a Mota-Engil, equipas multidisciplinares de Arquitetura, Engenharia da QUADRANTE e cliente final, que colaboraram, não só para responder de forma eficaz ao programa, mas também para entregar projetos formalmente inovadores, com a eficiência e funcionalidade necessárias à sua manutenção no tempo.
O impacto sócio económico desta obra para o país, e sobretudo para a região de Bouaké, é extremamente positivo. Não só pela construção de uma nova infraestrutura desportiva de grande qualidade que permitirá a realização de jogos do Campeonato Africano das Nações em 2023, como também pela criação de emprego durante a sua construção, com aproximadamente 600 trabalhadores em obra desde Junho de 2019, dos quais 90% são mão-de-obra local.
Fonte: Revista Anteprojetos